QUEM DISSE QUE ENGENHARIA NÃO É COISA DE MULHER?

QUEM DISSE QUE ENGENHARIA NÃO É COISA DE MULHER?

engenharia-mulherPela primeira vez na história, o número de mulheres ultrapassa o de homens em um curso de engenharia nos Estados Unidos – um país em que, em média, só 19% dos diplomas da área vão para mulheres. Neste ano, na Universidade de Dartmouth, nos EUA, entre os formandos do curso de engenharia, 54% são mulheres.

Esse cenário representa uma grande mudança se compararmos com o ano de 1957, quando Evelyna Bloem Souto era a única aluna mulher a frequentar a primeira turma de engenharia civil da USP São Carlos. Nessa época, o meio era tão machista que Evelyna foi proibida de entrar no campo de obras de um túnel que estava sendo feito para ligar a França à Itália. Para conseguir realizar a visita, ela precisou vestir roupas masculinas, prender o cabelo e pintar uma barba e um bigode no rosto.

Apesar de atrasado, o aumento do número de alunas em Dartmouth foi relativamente rápido. Há 10 anos, só 20% dos estudantes eram mulheres, sendo que, em 2015, essa proporção quase duplicou, chegando a 37%.

Para a reitoria da universidade, a mudança começou quando mais professoras foram contratadas para ensinar em áreas que, geralmente, são dominadas por homens, ou seja, com mais professoras atuando como modelos, o incentivo para as estudantes é maior.

Brasil

Aqui no Brasil, a situação das mulheres na engenharia melhorou desde o cenário grotesco de Evelyna, mas os números ainda são desiguais: entre os calouros da engenharia civil na USP São Carlos em 2014, elas representavam 36% dos alunos.

Entre os aprovados na Escola Politécnica da USP, 92,7% eram homens e apenas 6,3% mulheres. Ou seja: ainda há muito a ser feito para que a igualdade seja alcançada – e talvez as nossas universidades possam se espelhar na solução encontrada por Dartmouth para mudar o roteiro desse filme.

Segundo dados Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, as empresas de engenharia têm, em média, 20% de mulheres em seu corpo técnico. Até 20% dos cargos de média gerência em áreas de gestão e centros de pesquisa são ocupados por mulheres, mas somente 3% delas ascendem ao primeiro escalão.

Fonte: Loucos por engenharia

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