QUANDO AS MULHERES ASSUMEM O POSTO

Sexo frágil? Apenas impressão. Um balanço divulgado em 2012, por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o crescimento expressivo das mulheres no mercado de trabalho, inclusive, em ramos como as construções civil e industrial. Tarefas que antes eram sempre associadas à figura masculina, agora também têm recebido atenção do sexo feminino, que além da habilidade exerce a função com capricho e talento.

Esse é o caso das soldadoras Carla Sousa e Juliana Ribeiro, que trabalham na produção do Elevador de Cremalheira na fábrica da Mecan, em Vespasiano (MG). Ambas possuem os cursos de solda TIG (Tungstenium Inert Gas) e MIG/MAG (Metal Inert Gas), que requerem extrema leveza e habilidade, dois atributos que geram elogios da supervisora de Produção do equipamento, Giane Silva. “O acabamento e os detalhes são feitos com perfeição. Estamos muito satisfeitas e esperamos em breve ter mais funcionárias na nossa equipe”, revela Giane.

Na linha de frente das empresas do grupo, as vendedoras também têm ganhado destaque. “Foi uma experiência nova em minha vida”, afirma a vendedora Deisilane Quintanilia, que já desempenha a função há quase quatro anos, na unidade da Locbras no Rio de Janeiro. A venda de equipamentos para a construção, antes muito ligada ao perfil masculino, ganha reforço com a chegada de mulheres como Deisilane, que tem recebido elogios de sua sub-gerente, Fabiana Viano. “Ela é uma profissional que sempre trabalha com garra, dedicação e responsabilidade”, ressalta Fabiana.

A mecânico-eletricista Gislene Miranda dos Santos é outro exemplo de profissional que encontrou seu espaço nesse mundo antes dominado por homens. Ela, que possui curso técnico em eletrônica voltado para a montagem de painéis elétricos, atua diretamente na manutenção de equipamentos da Locguel, e afirma que recebe a contribuição tanto dos colegas quanto de seu coordenador. “Quando preciso colocar algum equipamento muito pesado na bancada de trabalho, peço ajuda e eles carregam para mim” explica Gislene, “A meu ver, mais mulheres deveriam se arriscar nas áreas masculinas para conquistar a independência financeira e conseguir realização profissional”, completa. Para o coordenador de Produção Wagner Valadão Cordeiro, “Gislene é detalhista na realização do trabalho”. De acordo com ele, essa característica faz com que seu trabalho seja cuidadoso não só na manutenção e no desempenho dos equipamentos, mas também em outras áreas, como o capricho com o acabamento do serviço.