GRUPO ORGUEL NO JORNAL O TEMPO

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Renato Botelho, 47, assumiu a presidência do Grupo Orguel, empresa mineira com sede em Belo Horizonte, em março do ano passado. E, para auxiliar no projeto Grupo Orguel 2020, contratou uma empresa de consultoria e fez um trabalho de construir o chamado “business plan” da companhia, com a visão estratégica para os próximos cinco anos. O trabalho durou quatro meses, e, desde então, o executivo partiu para a implementação. “O nosso objetivo é ser a melhor empresa de locação de equipamentos do Brasil. Isso é o nosso norte”, contou o engenheiro mecânico. Com 1.100 funcionários, a visão do grupo é dobrar o faturamento até 2020. “Em 2015, ele foi em torno de R$ 200 milhões, e queremos ir a R$ 400 milhões até 2020”.

Outra percepção do executivo contratado pela empresa familiar é que o Grupo Orguel é mais forte atuando de forma conjunta, sem que cada empresa opere de forma independente. “Unimos as marcas em torno de um objetivo único. Ao fazer isso, percebemos uma enormidade de sinergia”, explicou.

Em um momento adverso do país, Botelho admitiu que a empresa sentiu o efeito com queda na receita. “O nosso mercado sentiu muito já no começo da crise, porque atendemos três segmentos: edificações, indústrias e infraestrutura”, informou.

E trabalhar na estratégia mostrou que a crise ajudou a acelerar todos os movimentos de mudança da companhia: “Tínhamos uma oportunidade enorme de sermos mais eficientes e produtivos buscando a sinergia entre as empresas”.

Assim, o Grupo Orguel é formado por três marcas: Locguel, Mecan e Orguel. “Somos um único CNPJ com a fusão das empresas e, com isso, conseguimos ser mais eficientes”, destacou.

Com a fusão, também as filiais saíram de 57 para 21 centros operacionais, distribuídos em 11 Estados. “Agora, temos uma única área comercial vendendo todo o portfólio de produtos. O vendedor se apresenta pelo grupo vendendo as três marcas da companhia”, ressaltou.

Com isso, a companhia aumentou a capilaridade, oferecendo gama maior de produtos, estruturados por segmentos. E consegue estar mais especializada em cada um desses segmentos já que a demanda deles é diferente:

O projeto também passa pela informatização. “Estamos remapeando os processos comercial e de sistema possibilitando ganhos de produtividade. Estamos no meio desse caminho”, concluiu.

Trajetória

Início. O fundador do Grupo Orguel, Fábio Guerra Lages, vendia equipamentos de construção, e o irmão, Francisco, trabalhava em um banco. A empresa foi nascendo de conversas dos dois.

PERSPECTIVAS

– O presidente da Orguel, Renato Botelho, trabalhou 14 anos na Vale, no projeto da VLI, empresa de logística; e também por outros oito anos na Ambev.

– Humor. Para Botelho, o mercado já começou a dar sinais de melhora: “O humor já está mudando”.

– Para ele, o mercado se estabilizou em patamar muito ruim, mas começa a dar sinais de que vai se recuperar.

GRANDES NÚMEROS

11 estados: é onde o Grupo Orguel está presente.

R$ 400 milhões: é o faturamento esperado para 2020.

LOCAÇÃO

Centro olímpico teve equipamentos da empresa mineira

O presidente do Grupo Orguel, Renato Botelho, contou que a companhia teve participação nas obras para as Olimpíadas que acontecem no Rio de Janeiro. Estivemos com mais de cem equipamentos alugados para o Centro Olímpico. Outra obra foi a de infraestrutura do BRT no Rio de Janeiro, destacou Botelho.

Participação. O planejamento é ampliar mais o raio de operação do grupo no interior do país considerado como uma área de grande potencial. “Hoje, nossa participação mais pesada vem do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo. Mas queremos analisar outras possibilidades de colocar operações, por exemplo, no Norte do país”, contou Botelho. Ele acredita que a região é a nova fronteira devido à necessidade de mais processos de infraestrutura rodoviária e ferroviária.

Perenidade. Diante de uma empresa com 53 anos, Botelho disse que o Grupo Orguel continua olhando para o futuro. “E, na crise, não desistimos do futuro. Pelo contrário, vimos na crise uma grande oportunidade para acelerar o futuro e fazer as mudanças necessárias para nos reinventarmos e nos repensarmos como empresa”, avaliou o engenheiro mecânico.

Para Botelho, a instituição continua no firme propósito de repensar o modelo operacional, comercial e a forma de atender os diferentes segmentos.

FONTE: Jornal O Tempo (14/08/16)

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