O mercado de Construção Civil passou por alguns anos de forte desafio, como a crise sanitária da Covid-19 e recentemente, pela guerra entre Ucrânia e Rússia, que afetaram não apenas o segmento como grande parte da economia mundial. Apesar de todos os contratempos, a Construção Civil é uma das principais responsáveis pela recuperação parcial da economia no Brasil.
Segundo o IBGE, em 2021, a construção civil teve um crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior, que amargurou uma queda de 6,3%. Este foi o maior crescimento dos últimos 10 anos. E a expectativa para 2022 continua positiva. Era previsto um crescimento de 2,5% para o segmento, porém a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, projetou nesta segunda-feira (04/07), que o aumento deve ser maior e atingir a marca dos 3%.
Esse otimismo no setor de Construção Civil pode ser justificado pelo avanço da campanha de vacinação, que possibilitou o maior controle da pandemia da Covid-19 e a reabertura das atividades econômicas. Além disso, o setor imobiliário vem crescendo, pois os brasileiros estão investindo em imóveis para se proteger da alta inflação, já que esse tipo de investimento continua a demonstrar segurança.
Insumos
Os números do crescimento estão apresentando grandes avanços, porém eles poderiam ser ainda maiores. Um dos fatores que estão impedindo maior avanço da Construção Civil é a alta gigantesca no valor dos insumos. Na avaliação de Vasconcelos, o crescimento do setor seria ainda maior se não tivesse o impacto da alta nos custos dos insumos que chega a superar 50% em 20 meses.
Mão de Obra
O setor da construção civil é considerado um “termômetro da economia”, e isso vem se confirmando nos dados referentes às novas gerações de emprego. O número de trabalhadores no setor cresceu 30% nos últimos 2 anos e chegou ao seu maior número desde 2016. Foram criados quase 2 milhões de empregos na construção civil nesse período, passando de 5,5 milhões para 7,4 em maio de 2022. Saiba mais clicando aqui.
Apesar da crescente nas oportunidades, a falta de mão de obra qualificada ainda é uma preocupação do setor. Qualificação, custo e pontualidade ainda têm sido os itens mais visados pelos empregadores da Construção.
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