Os impactos ambientais causados pela construção civil nas grandes cidades são inevitáveis, porém o mesmo pode ser um importante instrumento de preservação ambiental, quando adotados conceitos de sustentabilidade. A procura por construções sustentáveis, também chamados de edifícios verdes, vem crescendo em vários países, inclusive no Brasil, que em 2013 ocupava o 4° lugar no ranking de empreendimentos registrados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
Atualmente, nosso país ocupa a 3ª posição, com cerca de 260 empreendimentos certificados e mais de mil em processo, estando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
O estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte (MG), é um dos bons exemplos que temos em aproveitamento de energia solar. Reformado para a Copa do Mundo de 2014, ele é o único estádio do Brasil a receber a classificação LEED Platinum. O nível máximo da certificação foi conquistado pela alta performance ambiental do espaço, que tem entre os destaques a instalação da maior usina de geração fotovoltaica em telhado do país, com a capacidade de gerar energia equivalente ao consumo de 1.200 residências da capital. Além disso, obteve uma redução de mais de 70% no consumo de água potável.
Minas Gerais ocupa a 6ª posição no ranking de empreendimentos da construção civil com certificação em sustentabilidade, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul, segundo dados do Green Building Council Brasil (GBC Brasil).
LEED
O LEED é o programa de mais destaque no mundo para projeto, construção, manutenção e operação de edifícios verdes. Seu objetivo é incentivar a transformação da cadeia da construção civil com foco na sustentabilidade. A certificação demonstra inovação, boa gestão ambiental e responsabilidade social. Ela foi idealizada de acordo com critérios de racionalização de recursos naturais, tais como a energia, água, entre outros.
Emitido em mais de 140 países de todo o mundo, o selo é considerado, hoje, a principal certificação de construção sustentável para os empreendimentos do Brasil, onde é representado oficialmente pelo GBC-Brasil – Conselho de Construção Sustentável do Brasil, que foi criado no país em 2007.
A certificação possui sete dimensões a serem avaliadas nas edificações. Todas elas possuem pré-requisitos (práticas obrigatórias) e créditos, recomendações que quando atendidas garantem pontos a edificação. O nível da certificação é definido, conforme a quantidade de pontos adquiridos, podendo variar de 40 pontos, nível certificado a 110 pontos, nível platina. Os requisitos são: Espaço Sustentável, Eficiência do uso da água, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Qualidade ambiental interna, Créditos de Prioridade Regional, Inovação e Processos.