CONSTRUÇÕES RESISTENTES A DESASTRES NATURAIS

CONSTRUÇÕES RESISTENTES A DESASTRES NATURAIS

Folha UOL

A devastação causada pelo furacão Matthew, no Haiti, nos faz pensar sobre a importância de desenvolver projetos de construções resistentes a desastres naturais. Muitas vezes, a utilização de princípios simples de engenharia pode salvar muitas vidas, principalmente se aplicados em prédios como escolas e hospitais.

Uma ONG chamada Build Change, nos Estados Unidos, ensina como aproveitar materiais e mão de obra disponíveis no próprio local para a construção de habitações culturalmente aceitáveis, que podem sobreviver à agitação violenta de terremotos e ventos fortes. A missão da Build Change é apresentar às comunidades locais os três Cs da resistência a desastres: Configuração, Conexão e Construção de qualidade. Vamos explicar abaixo cada um deles.

  1. Configuração: Diz respeito ao layout e às estruturas da casa. É importante, por exemplo, que as paredes sejam resistentes e duráveis. Já os telhados devem ser leves, para evitar que estruturas muito pesadas caiam sobre as cabeças das pessoas. No entanto, eles precisam ser amarrados de forma eficaz para que também não saiam voando durante um vendaval. Outro item que deve ser considerado é a colocação de portas e janelas, pois essas aberturas enfraquecem a integridade estrutural de uma parede, que sustenta o telhado.
  1. Conexão: Tudo tem que estar ligado para um bom desempenho no caso de um terremoto ou furacão.
  1. Construção de qualidade: O segredo está em encontrar materiais de construção localmente disponíveis e mão de obra qualificada para fazer o trabalho. É preciso acomodar os tijolos de forma inteligente para que haja bastante argamassa nos espaços entre eles, por exemplo, ou imergir tijolos em água antes da construção de uma parede para aumentar a sua força.

Tecnologia brasileira

Em Minas Gerais, foi desenvolvido um projeto que propõe soluções inovadoras para a construção de estruturas mais estáveis e seguras. O estudo feito pela engenheira Cristina Evangelista Silva, em 2011, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), sugere a utilização de pórticos confeccionados em aço e posicionados em duas direções, formando arcos que se cruzam e proporcionam a estabilidade de uma construção em duas direções perpendiculares. Além disso, a flexibilidade desses tubos é alcançada por meio de indução eletromagnética, permitindo que o vento bata em qualquer direção, sem que a construção seja abalada.

Posts relacionados

Visão Futurista: 5 Tendências da Construção Civil
Eficiência operacional na indústria: principais desafios e estratégias de melhoria
Orguel se une ao Instituto Gil Nogueira na luta contra o analfabetismo funcional
Desmistificando a Inteligência Artificial: Como ela transforma projetos de engenharia

FAÇA JÁ O SEU ORÇAMENTO!

Seu contato é muito importante para nós.
Nossa equipe está pronta para te atender!