Com a influência do movimento da Indústria 4.0 o mundo está investindo em inovações para sustentar a futura falta de mão de obra qualificada, devido as necessidades da globalização. Com isso a robótica está elevando o nível da automação, com novas soluções para que não só o resultado seja mais satisfatório, mas também possibilite o maior desenvolvimento das atividades.
Escassez e desenvolvimento
Não há dúvida que houve alguns avanços, mesmo que lentos, em diversos setores após a globalização e expansão da internet, possibilitando a criação de programas para gestão ou sistemas de design do 3D ao 6D. No entanto, é importante lembrar que a indústria continuará muito dependente de mão de obra humana e a utilização de robôs para 100% do trabalho não é uma realidade considerável, mesmo que seja necessária a mudança para evitar uma limitação produtiva.
Diante disso, a carência não é de meses, mas sim de anos, isso porque, por exemplo, “a automação na indústria da construção civil está defasada em 50 anos em comparação ao setor automotivo”, segundo a Sami Atiya, Presidente da ABB Robotics & Discrete Automation Business Area. Dessa forma, é possível entender que nem todos os setores da indústria se desenvolvem da mesma maneira, porém todos devem se prontificar para as novas possibilidades, para não serem pegos de surpresa.
Por fim, com os setores lidando com a escassez de mão de obra especializada, as novas tecnologias que se desenvolvem estão em busca de uma maior automatização nos meios de produção. Além disso, a automação robótica auxilia para a melhoria da produtividade, eficiência e flexibilidade da manufatura, possibilitando a construção de casas modulares, soldagens mais eficientes, instalações robotizadas e o manuseio dos materiais.
Automação
Historicamente há uma busca constante para o desenvolvimento de novas formas de produção, principalmente entre o fim do século XX e a virada do século com a vinda dos computadores, internet e mecanismos, ainda que básicos, automatizados. Dito isso, hoje tudo está em processo de evolução com avanços que conectam a inteligência artificial e a robótica para possibilitar uma maior automatização sem tanta interferência da mão de obra humana.
Não apenas uma evolução ocorreu, é importante notar que há também uma aprimoração de processos e atividades. Pois a nova automatização não direciona a máquina só ao cumprimento de ações, mas que ela também aprimore suas atividades, por meio de uma qualificação. Ou seja, agora o equipamento não é só melhor e cumpre seu papel na tarefa, mas também consegue otimizar o processo a partir de cada execução, por meio de análise de dados.
Automação Robótica
Quando falamos de robôs na indústria a automatização deles é o que mais evidencia o medo na atualização dos modelos de trabalho. Isso porque eles são considerados ameaças a empregabilidade em diversos setores em que a mão de obra física é predominante, no entanto, tal medo não deveria ser levado como verdade absoluta.
Algo importante a ser considerado é que muito da automatização feita atualmente é pautada não só na criação de novas profissões, mas também na coexistência com a humanidade. Dessa forma, não há somente uma maneira para qual a robótica pode trabalhar, apesar de ser pouco falado existem maneiras diversas para que a automatização seja feita, algumas delas são:
- Controle: somente podem e são utilizados com o gerenciamento humano, por meio de mecanismos que direcionam suas atividades, como computadores e celulares.
- Programação: os robôs agem sozinhos, ainda que com uma programação prévia, para execução de uma rotina, e podem precisar de uma gestão humana.
- Autonomia: esse grupo não só desenvolve suas atividades independentemente, como também é capaz de tomar as decisões necessárias sem interferência humana.
Além disso, nem todo segmento irá seguir uma métrica lógica para se inovar. Por exemplo, os robôs utilizados em fases da fabricação de carros, em grande maioria, são fixos e respondem a uma programação com parâmetros. Já no caso de robôs para a vistoria de emendas na indústria metalúrgica podem ser autônomos para tomar decisões que facilitem o percurso até o objetivo.
É necessário pensar que a automação via máquina, além de poder acontecer de maneiras diferentes como citado anteriormente, pode ocorrer em níveis diversos também. Por isso, apresentaremos algumas de suas aplicações:
- Montagem: a aplicação mais comum, identificada como complemento ou substituição das atividades de um trabalhador. Muito utilizada em atividades repetitivas, reduzindo erros e possibilitando maior produtividade;
- Colaboração: ainda que haja uma evolução crescente na robótica, algumas tarefas devem ser executadas ou vistoriadas por humanos. Neste caso a máquina irá coexistir, interagindo com as pessoas para possibilitar uma maior produtividade;
- Mobilidade: há existência de robôs projetados e programados para realizar transferência de insumos ou produtos ao longo da linha de produção. Muitas vezes, utilizado para facilitar a atividade logística.
A inovação em forma de cão-robô
A exemplo desta nova jornada de inovação nas empresas temos o Spot the robot dog projetado pela Boston Dynamics que é, basicamente, um robô cão, capaz de fazer a captura de imagens e equipamentos para a digitalização em lugares de difícil acesso. Além disso foi consagrado para trabalhar de maneira autônoma, capaz de ser programado para alcançar objetivos e, neste processo, subir escadas e contornar terrenos, a fim de realizar sua tarefa.
O novo equipamento é considerado multitarefas, sobretudo um fiscal de obras, isso porque é equipado com scanner que pode fazer a leitura dos processos construtivos, além disso pode ser interligado a plataforma BIM. Outro ponto importante, na automação do cão-robô, é que caso algo esteja em inconformidade ele irá sinalizar, podendo também se adaptar as situações e verificar outras questões como o estoque de materiais para o reparo.
Ainda que seu uso mais notório tenha sido na obra de infraestrutura no aeroporto de Denver, Estados Unidos, para sua ampliação e a máquina tenha tido mais espaço ao que se refere a construção civil, é importante salientar que há outros campos em que ele pode ser utilizado. Isso porque ele pode ser aplicado de maneiras distintas, sendo controlado remotamente, programado ou, melhor ainda, ser deixado para trabalhar em horários depois do expediente, armazenando dados em nuvem sobre os projetos.
O desempenho multifuncional do cão-robô, inclusive, já é considerado para outras funções, por exemplo, como arma estratégica para forças militares do exército norte-americano ou pastoreador de animas ou coletor de dados na Nova Zelândia. Há ainda seu uso para conter pessoas e evitar a aglomeração em locais públicos em Cingapura, ou seja, tais aplicações só ressaltam que o equipamento é muito atrativo as novas indústrias.
No fim das contas a automação e a robótica já fazem parte do cotidiano industrial, seja na linha de produção de um carro ou na vistoria de prédios. Por isso é importante que o medo pautado na substituição seja reduzido e que no lugar disso as pessoas busquem novas alternativas para se adaptar ao mercado tecnológico em evolução.
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